… que além de ser o melhor refrigerante do mundo, fica (descobri recentemente) maravilhosa com limão. Se tivesse álcool, já teria que começar a comprar os brindes de Missão Resgate da vida (digam que no resto do país também se pede contribuição no ônibus para tirar as pessoas “do mundo das drogas e do crime”) pra saber onde me internar. E se eu fosse famosa, a Cini mandaria fardos mensais de gengibirra aqui pra casa, porque sou a maior divulgadora do produto deles.
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Sempre achei que ter cabelo curto faria com que jamais me confundissem com evangélica. Mas fui. Uma foi sutil: o dono da academia que eu frequentava falava de brincadeira “queima ele, Jesus” e “Jesus, apague a luz”. Eu achava engraçadíssimo e non sense e adotei. Uma amiga próxima, espírita, que me conheceu lá, levou um tempão com medo do que dizia do meu lado. Acho que tinha fama de crente e nem estava sabendo. Não sei até hoje se quem achou que eu era por causa disso tem uma visão estranha de religião ou eu é que sou muito por fora do que os evangélicos falam.
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A outra foi recentemente. Acho que por causa da crise, pipocaram os carros que vendem coisas aqui no bairro. Sempre ignoro o carro com ovos, perco todas as vezes o carro que conserta panelas, enquanto estava na dúvida o das tortas se foi, aí quando passou o dos salgados quase me atirei na frente dele. Tem sem carne? Presunto é carne. Não moça, salame também é carne. Aí ela me perguntou se eu era adventista. Que raiva que me deu, não se fala isso pra uma cliente que acabou de ser frustrada no seu desejo de se encher de fritura.
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Não comentei aqui pra não dar zica, mas tive um semi-entrevero legal com o meu vizinho, por causa de um muro. Gastei com advogado e tudo, foi tenso. Mas, no fim, deu tudo certo. Aí tive que mandar fazer um teto pra cobrir a lage atrás, que estava vazando, e a obra nem começou e o cara se pendura no muro, indignado, achando que eu ia cobrir a área que até alguns meses estava brigando com ele para manter intacta. Depois, ficou um tempão dando pitaco no trabalho do pedreiro. “Teu vizinho é um chato, né?”, ele me disse no final do primeiro dia de obra. Nem me fale, queridão, nem me fale.
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