Espero um dia me tornar sábia o suficiente pra ficar plácida sem ter que passar pelo calvário.
Arquivo mensal: outubro 2008
Risos e lágrimas
Às vezes eu me sinto um pouco como essa mulher. Na minha ânsia de funcionar normalmente, quando estou deprimida continuo falando com as pessoas, continuo contando piadas – e algumas vezes sou até mais engraçada do que o usual, numa tentativa de ficar feliz vendo as pessoas à minha volta felizes. Assim como a tal mulher, eu já tentei avisar pra várias pessoas que funciono assim quando estou mal e não adiantou nada. Eu digo que estou mal e não me levam à sério. E pior: acham que fazendo piada eu volto ao normal. Me vêem como uma boba alegre que não tem direito a dias ruins.
Àqueles amigos que percebem que quando eu chego ao ponto de dizer “não estou bem”, é porque a coisa está muito séria, deixo aqui meu agradecimento e amizade eternos.
Longo caminho
Nada, NADA fez tanto mal pra minha auto-estima do que esse 1 ano que me dediquei à dança. Hoje acho que qualquer menina de 15 anos é mais bonita do que eu, só porque ela tem 15 anos. Olho pra uma mulher na rua e não sei dizer mais o quão mais magra, mais bonita, mais atraente, mais charmosa ou mais feminina do que ela eu sou. Estou me sentindo velha e sem atrativos. Tanta terapia e tanto esforço do Luiz jogados fora.
Sim, eu sei. Aquele lugar não tem me feito bem.
A mais nova tecnologia em…
Síndrome de Lar Doce Lar
E por falar em semi-descoberta, que tempinho lazarento o de Curitiba nesse fim de ano. Pra cada dia bonito, duas semanas de chuva e frio. Ninguém agüenta mais. Minha garganta dói, chove horrores e minha casa não é linda. Só wii fit salva!
Cadê a Dna Fleuma?
Por que diabos alguém que cresceu querendo ser britânico virou esse bicho escandalosamente grandiloqüente que vos fala – que usa hipérboles o tempo todo, que toca nos amigos, que faz caras/bocas/mímicas quando conta alguma coisa, que chora desesperadamente, que gargalha e pula de alegria, que acompanha o ritmo de músicas boas mesmo que em locais públicos e tantos outros gestos exagerados- é o que eu não entendo.
Noite negra
No meio desse período, pra tentar espairecer, eu li Cinco pessoas que você encontra no céu. Acho que foi pior. Normalmente seria apenas um livro interessante, mas ler aquilo bem quando eu duvidava das minhas escolhas teve o mesmo efeito da Menina que roubava livros, senão pior. Me acabei de chorar e me perguntar o que estava fazendo da minha vida.
Não há respostas. Engoli o sapão, porque vi que não tem maneira mais filosófica de encarar as injustiças do que reconhecer seu caráter injusto. Não sei o que estou fazendo da minha vida. Só sei que, fora essa última semana, ela tem sido divertida.
Crítica
Agora não me estresso mais. Que bom que existe a adolescência, aquela época mágica que a gente acha que muda o mundo. Hoje, quando tudo começa a incomodar, mudo eu.