Depois do gol (pensamento positivo, pensamento positivo!) eu conto do que estou falando…
Arquivo mensal: fevereiro 2007
Mudança involuntária
Simplifique
É um livro prático. Os autores partem do pressuposto de que a vida das pessoas está complicada demais, e quanto mais simples mais felizes seremos. Então, eles imaginam uma pirâmide de áreas na vida que podem ser simplificadas: começa pela casa, passa pelas finanças e a família, e termina com o desenvolvimento pessoal. É um livro prático, simpático, com dicas excelentes. Mistura o útil, o bom senso e o senso de humor. A parte da casa é a minha preferida:
Presentear de coração aberto
O método mais popular para se livrar de objetos é deixar que as futuras gerações os joguem fora. Acontece que, geralmente, as queridas futuras gerações acabam por constatar que não querem 95% dos objetos tão amados e valiosos, nem que seja de presente. Ande por sua casa juntando todos os objetos guardados que você possa dar para outras pessoas. Depois dê esses objetos às respectivas pessoas ou mande-os para elas; mas não deixe de perguntar se elas estão interessadas neles. “Dar de coração aberto” é uma das melhores formas de se livrar de peso inútil.
Estou sempre consultando esse livro. Algumas coisas são bem fáceis de fazer, como jogar fora o excesso de canetas. Outras, como a de dar festas todo mês, me fazem pensar em diferenças culturais (e financeiras) dos autores do livro. Algumas parecem sem importância e em outra época da vida se tornam valiosas. Eu acho que o grande barato do livro está naquilo que você capta – a idéia de que ser mais simples é (ao contrário do que possa parecer) ser cada dia mais seletivo. De canetas a amigos.
Os trapalhões – Teresinha
Nostalgia total! Sério, fiquei emocionada quando revi esse clipe!
Insuportando
Não sei o que está acontecendo – se são os florais que estou tomando ou se é a proximidade dos 30 que me torna cada dia mais ariana. O fato é que a Fernandinha está cada vez mais saliente. Até eu me estranho. Ultimamente tenho sentido uma vontade irresistível de dizer verdades pra certas pessoas. Cada vez com mais antecedência, tenho cortado todos que não me fazem bem. As preocupações do tipo “nossa bela amizade” ou “vai parecer que eu…” fazem cada vez mais barulho na minha cabeça. Pior: não apenas não sinto culpa como depois que faço eu me sinto beeeeeeeeemmm!
Restará pedra sobre pedra? Estarei me transformando numa troglodita? Esse lado neandertal sempre esteve aí ou é a revolta por anos de silêncio… Só resta aguardar os próximos capítulos.
Carnaval 2007
Nem eu lembrava o quanto a minha pele fica vermelha por causa do sol. Estou com aquele lindo bronzeado de pedreiro, com as marcas das camisetas que usei ontem e hoje. Depois de passear o dia inteiro com a Flávia, o Elson, a Darlene, o Mauro e (ontem) o Rômulo estou vermelha com uma grossa camada branca por cima. Descascarei como uma cobra, tenho certeza. Minha expectativa agora é que esfrie – vai dar um vergonha andar por aí desse jeito…
Maionese
Mas eu não sei o que a maionese tem que não gostar de maionese às vezes se torna um problema. Primeiro, porque há sempre alguém pra levar uma maionese numa festa. E há sempre alguém na festa que repara no que os outros colocam no prato. Aí eu digo – eu não gosto de maionese. As pessoas não se conformam. Sabe aquele papo de que lésbica é uma mulher mal comida? Todo mundo pensa a mesma coisa de quem não gosta de maionese. “Ah, mas da minha você vai gostar!”. Aí a pessoa me explica que a dela é diferente, que é batida, tem iogurte natural ou que vai maçã. Veja bem, eu digo – eu não gosto de maionese.
Às vezes a pessoa é muito insistente e eu coloco um pouco de maionese no meu prato. É ruim, mas eu como. Depois eu não coloco mais, e sou obrigada a dizer – eu não gosto de maionese. Aí a pessoa fica aborrecida comigo! E eu lá tenho culpa?????
Observação: Este texto pode ser lido de outra maneira. É só substituir a palavra maionese por carne. Com a diferença que eu jamais coloco um pouco no prato.
Como trato meus leitores
Quanto a passar a bola pra alguém… se você tem o link relacionado aí do lado, sinta-se convidado 🙂
Antes de qualquer coisa
Minha conexão voltou agora. Quase enlouqueci. Até os botões do fogão eu limpei.
Intelectualoidísmo
Surgiram as cidades. Com o tempo, o que era um lugar tranqüilo de se viver começou a sofrer conflitos. E desses conflitos surgiu a necessidade de fazer aquilo que hoje chamamos de leis.
Saber quem foi Balzac e ler Machado de Assis apenas quer dizer que a pessoa leu bons romances. Isso não torna ninguém apto a discutir política ou genética. Citar meia dúzia de livros faz com que alguns se vejam como melhores do que os outros. Gente que atribui à cultura da classe média o valor da mais alta cultura – e aí desprezam tudo o que há de diferente, regional ou “primitivo”. Você realmente entende ou tem alguma vivência sobre o assunto? Então é melhor calar a boca e escutar um pouco.
Briga de vizinhos
Tomara que o cara tenha chifrado a diaba. Em nome de quê alguém que é destratado todo dia vai se conter?
O inegociável
Tudo na vida tem como negociar. A solidão, a falta de dinheiro, os problemas na auto-estima, o trabalho ruim, as brigas com a família, a enxaqueca, a gordurinha. Mas a saúde é tudo. Eu sei que o que eu vou dizer é o mais lugar comum dos lugares comuns, mas va lá: quem tem direito de se queixar tendo saúde?
Pontos de vista
Um presentão…
Celular nojento
- sola de sapato
- teclado de micro
- maçaneta de porta
- tampa de privada
Fonte: Info exame, fevereiro de 2007 p. 16
(Blerghhhhhhh!!! Nunca mais empresto celular. Será que dá pra passar álcool nele?)
Marketing Pessoal
Primeiro essa questão de falar com as pessoas certas. Existe a lenda que se você segue os caminhos normais, o curriculo se perde por aí em portarias, mesas, arquivo morto ou é jogado pro alto. Que pra conseguir um emprego, você tem que deixar o curriculo na mesa do diretor, se puder entregar em mãos melhor ainda. Tudo mentira. Os Recursos Humanos não são tão lixos assim – eles guardam os curriculos por assunto e recorrem a eles quando tem vaga. Sem dizer que o tal diretor vai odiar receber curriculo – ele não tem nada a ver com o assunto e o papel vai voltar pro Recursos Humanos.
A minha outra questão é bem mais séria. De acordo com esses cursos, você tem que formar uma rede (network) de possíveis pessoas que possam te ajudar no futuro. Se você encontra alguém importante, nunca suma da vida dessa pessoa. Um dia esse amigo pode virar um QI (Quem Indica) e te dar um emprego. Então o que se tem que fazer é ligar pra todo mundo, mandar cartão e ser bastante social pra ser bastante lembrado. Como pessoa tímida e idealista, eu protesto veementemente! Ser amigo de alguém porque um dia ele pode te arrumar emprego é podre. É horrível, é uma falta de consideração com a pessoa que pensa ver em você um amigo verdadeiro.
Essa coisa de ser marketeiro em tempo integral, ver em tudo um potencial pra dinheiro, transformar o contato com os outros em obrigação… eu acho tudo isso uma violência terrível contra si mesmo. Prefiro não ter a tal rede de contatos. Prefiro ser amiga de quem eu gosto e tratar educadamente quem eu não gosto. Que o meu curriculo espere humildemente junto com os outros, lá no Recursos Humanos. Mas pelo menos eu não terei que passar o dia inteiro sendo quem eu não sou pra talvez um dia ganhar dinheiro através dos meus “amigos”.