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Biografia

Eu sou a Fernanda Melo, nasci em 1977, em São Paulo, e resido em Curitiba. Sou bacharel e licenciada em Psicologia e bacharel em Ciências Sociais/ Sociologia. Fiz mestrado em Sociologia da Cultura/ Sociologia da Saúde. As minhas duas graduações e meu mestrado foram feitos na Universidade Federal do Paraná de 1995 a 2009. Dinossaura da internet, vivi a febre do Orkut e teimei em ser blogueira durante quase vinte anos, sob o nickname de Caminhante. Escrevi nos meus blogs próprios At. Caminhante, Caminhante por Fora (que durante muitos anos foi parte do Sul 21), era colaboradora do blog Livros e Afins, e fiz diversas participações em outros blogs, como Borboleta nos Olhos e Blog do Milton Ribeiro. Na minha longa experiência na internet, escrevi desde críticas literárias a crônicas, o que me deu grande intimidade com a escrita e me permitiu desenvolver meu estilo.

O Futuro é Vibrante

Meu livro de estréia como contista, foi lançando em junho de 2023 pela Ópera Editorial. São seis contos que passeiam pelos gêneros de ficção científica e realismo fantástico, todos eles com protagonistas mulheres. Todas elas são colocadas perante escolhas que colocam em evidência os seus desejos profundos e a responsabilidade intransferível sobre suas escolhas. Cintia e Flora se vêm diante da possibilidade de realizarem seus maiores desejos, uma de maneira tecnológica, outra de uma maneira mitológica, como nos antigos contos de fada da infância; Ecléia e Bellatrix sonham com o fim, olham para o fim, da sua própria existência e a da Terra; Cecília e Cahal tentam realizar a vontade dos deuses – mas eles não costumam ligar muito para as miudezas a qual chamamos de vida humana. A cada passo, o extraordinário se mistura ao cotidiano e as respostas são reveladas aos poucos, para as personagens e para o próprio leitor.

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Cegueira e Normatividade Social: a reconstrução da subjetividade frente à perda tardia da visão

Publicado em 2010 pela Editora da Universidade Federal do Paraná, este livro é uma dissertação de Mestrado em Sociologia da Saúde aprovado com louvor. Ele é pioneiro ao estudar a questão da perda da visão com um viés sociológico, porque é um tema que tende a ser tratado apenas nas áreas de medicina e pedagogia. O ponto de partida da discussão são dez depoimentos de pessoas, de diferentes perfis, que tem em comum o fato de terem se tornado cegas após os treze anos de idade. Em comum, a imensa dificuldade de se reinserir na vida, primeiro pelas limitações físicas, e depois por fatores ligados ao cuidado, escolaridade e condições sócio-econômicas. Para compreender a trajetória do sujeito que perde a visão, os sabedores da filosofia, sociologia, religião e literatura ajudaram mapear o imaginário sobre o que significa “ver”. Os capítulos se debruçam sobre o conceito de normalidade presente na medicina, o papel das mulheres como mães e cuidadoras, os jogos teatralizados das relações sociais, a formação do preconceito e a sua manutenção e as diferentes estratégias de reestruturação subjetiva.

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