Arquivo mensal: março 2015
Curtas de idiotices amorosas
(Preciso continuar escrevendo? Já lhes dei Fal, vocês estão mais do que bem servidos.)
Vingancinha na BR
Na volta para casa
– Alô!… Estou onde o boi se esconde.
(Sonoro, né?)
Indefensável
Falando em perspectiva, e sei que você me perguntaria: e daqui há vinte anos? Pergunta capciosa essa, que já me preocupou e agora não mais. Daqui há vinte anos, tenho certeza, eu não estarei mais aqui. Não essa eu. Estará uma outra pessoa, com outros valores, outras perspectivas. Muita coisa pode acontecer, não dá pra me encaixar no mesmo cenário com mais rugas. Eu não acredito que realmente daqui há vinte anos eu esteja nos mesmos trajetos, com as mesmas pessoas e mesmas atividades que eu estou hoje. Não por uma fé no futuro, por achar que o tempo sozinho vai se encarregar de resolver a minha vida, não é isso. É por saber que nada permanece no lugar. Tanto as coisas boas quanto as ruins. Elas não ficam no lugar mesmo quando a gente ama e faz força, mesmo quando quer que nunca se acabe. Meu casamento foi assim e acabou. Isso daqui vai acabar também. Casa, amigos, maiôs. Pode ser aos poucos, pode ser de repente, mas vai acabar. Acabará em função do nascimento de outra coisa. Eu tenho feito a minha parte, que é amar o meu presente. Com isso tenho aumentado minha capacidade de amar, e a levarei para o meu futuro – que não faço a menor ideia de qual é. Ou seja, a questão de daqui há vinte anos não cabe, não tem importância.
Essa é a única defesa que posso apresentar. Louca, capenga, adolescente, fora da casinha. Não dizem que Deus protege os bêbados, os loucos e as crianças? Acho que me encaixo em duas categorias. Talvez a grande diferença entre nós é que eu realmente acho esta existência uma bobagem. Poderia citar os upanishads ou sutras budistas pra corroborar o que acabei de dizer, mas não vou fazer porque não é por causa deles, não é uma crença intelectual. São meus ossos e meus músculos. Eles é que se recusam e não vão para onde não querem. Não atuam pensando num futuro, se recusam a abrir mão do prazer do presente. Leela, leela. A vida é um suspiro, uma bobagem. Estamos todos brincando de Banco Imobiliário, não tem porquê levar isso à sério.
Bethânia e o tigre
Na minha idade
Às vezes eu penso se não deveria me vestir de forma mais compatível com a minha idade. Mas, afinal, o que as mulheres da minha idade usam?
Eis que de manhãzinha estava saindo cedo de casa, com a minha bike, e encontrei a vizinha. Ela tem mais ou menos a minha idade e é psicóloga. Olhei para ela e descobri o que uma mulher com meu físico na minha faixa etária usa: camisa branca, calça social bege, salto agulha e yorkshire.
Simpatia, ex e sexo
Não sei qual das coisas absolutamente normais eu disse, normais no sentido de que eu as diria inocentemente para qualquer um, que fez com que minha médica me falasse, espontaneamente, que eu sou uma pessoa muito simpática. Vai ver que sou. Eu tinha é que conseguir arranjar uma maneira de ganhar dinheiro com isso.
“Dá pra virar amiga de aluguel, igual o teu amigo Alessandro“. “Pra mulheres isso costuma ter outro nome” “As gueixas não dormem com os seus clientes”. Trollagem de ex – a melhor trollagem.
E já que o assunto é esse, tenho que dizer: se descobrir capaz de fazer sexo sem estar apaixonada é uma das coisas mais libertadoras que existem. Mais não digo.
Descida
Curtas bio-ortográficas
Namoro?
Não sei se consigo mais. Neste momento, não.
Lado escuro
Gordurinhas são dinheiros