Aí um dia você está andando por aí, começa algo novo e – pumba! – sem querer aquilo te alivia uma outra parte, e faz com que você se perdoe de uma coisa que aconteceu lá atrás. E isso é totalmente ótimo.
Arquivo mensal: abril 2008
Diga-me com quem andas…
Concluo então que a auto-estima da gente é a coisa mais frágil do mundo. A noção do que somos e como estamos depende muito mais do meio do que gostamos de admitir.
Professores de universidades federais
Constrangimento
O ano passado todo, tenho certeza, foi um constrangimento para os meus amigos. Da minha vida universitária cheia de possibilidades, eu fiquei 1 ano desempregada. Eu nem tocava mais no assunto, porque chega uma hora que a gente não tem o que dizer. Eu os procurava pra me divertir, por isso não ficava choramingando. Eles, muito gentis, evitavam falar dos seus progressos profissionais pra mim. Um constrangimento, sem dúvida.
Estou escrevendo este post porque uma amiga muito muito querida acaba de sair desse limbo – a Ana Paula. Ela, como eu, passou o ano inteiro procurando emprego. Dizíamos que éramos as únicas que podíamos procurar pra ir no cinema quinta-feira no horário promocional – coisa que não fazíamos tanto assim, porque desempregado tem tempo mas não tem dinheiro. Quando entrei na dança este ano, me senti realizada e (confesso!) não tive muita coragem de dividir isso com ela. Oras, eu sabia mais do que ninguém o quanto a gente se alegra e ao mesmo tempo fica triste quando a vida dos outros anda e a da gente não.
Enfim, estou MUITO feliz! Párabens, Ana!
Ontem, durante a aula…
– Você é casada, né?
– Sou.
– Ui, ainda por cima chama a gente de bicha na cara dura!