Felicidades – Paulo Puterman

Deus meu, que livro RU-IM. Dispensável, tedioso. Dedica linhas e linhas a fatos inúteis, como por exemplo a maneira como a personagem principal gosta de se enxugar de baixo para cima*. E os fatos não-inúteis são óbvios e fantasiosos. Persisti bravamente até a página 74, só porque ele me foi presenteado com carinho.

Tô pensando em abrir um buraco no meio do livro pra fazer de esconderijo, igual nos filmes. É a única maneira de salvá-lo.


* e isso é descrito sem conotações eróticas – eu não disse que o livro é uma total perda de tempo?

Fotos antigas

Hoje coloquei as mãos numa caixa com fotos minhas com ou tiradas por ex-namorados. Na caixa há também desenhos e e-mails, mas nenhum deles mereceu uma olhada. As fotos sim, são uma preciosidade. Além de falarem de lembranças bonitas (e outras nem tanto), elas revelam coisas da época em que eu vivia e a meu próprio respeito. Eu com o cabelo comprido, com calça de cintura alta, camisetas larguíssimas, os dentes ainda tortos. Lugares que mudaram, roupas que eu adorava, o jeito que eu sorria ou sentava. Fiquei nostálgica até com as fotos ruins, porque naquela época a gente batia uma foto e podia levar meses pra descobrir com que cara saiu. E, pelas dedicatórias de um ex, percebo que essa coisa de nunca gostar das minhas fotos é um problema antigo e crônico…

Wall-E

O casal mais fofo dos últimos tempos. A gente chora aquelas lágrimas boas, coisas bonitas e sutis que não precisam de diálogo. Sem dizer que eu me identifiquei pra caramba com o jeitão (?) da Eva.

Cabelo

(Eu já levei uma bronca por causa do meu post sobre crise de meia idade. Espero não levar outra por causa deste!)

Já faz algum tempo que me olho no espelho e estou insatisfeita com o meu cabelo. Até aí, nada que não aconteça com quase todas as mulheres. Decidi cortar apenas no final do mês, porque de que adianta fazer uma big mudança capilar durante as férias? Pretendo ficar mais ruiva e com o cabelo assim – visual que eu tive não faz muitos anos.

O grande problema é que, pela primeira vez, estou receosa de deixar meu cabelo mais curto que o meu chanel atual. Antes eu arriscava qualquer curto que me agradasse. Porque cabelo cresce, porque qualquer cabelo curto combinava comigo e (hoje eu vejo) porque eu era mais eu. Agora fico pensando que meu corte atual, apesar de sério, me cai bem e tem muitos fãs. E se eu me arrepender? E se com o cabelo muito curto eu ficar orelhuda, feia, masculina…?

Minha auto-estima já não é mais a mesma, não tem como negar.

Deus

Religiosos e místicos não se cansam de falar d´Ele. Dizem que é pai, que é bondoso, que é Isso e Aquilo. Mas tem uma característica que pra mim salta os olhos e ninguém nunca diz:

Deus tem senso de humor. E um humor negro. Um humor beirando o filho da puta de tão irônico. Ele até salva, mas espera até o último segundo porque é mais divertido.

Minha apresentação na Ópera!

Antes, um comentário:

Reparem, logo no início do video, na maneira como o locutor anuncia Jazz. A Janine achou que o cara estava irritado; o Luiz pensou que o fulano era fã de jazz. De qualquer maneira, não se sabe o porquê, as outras modalidades de dança ele anunciava normalzinho e quando chegava no Jazz, ele falava daquele jeito.

Um monte de adolescentes e vileiros na platéia, imagina no que deu. Era ele falar daquele jeito pra todo mundo começar a imitar. Eu, que tinha passado as duas últimas horas correndo atrás de camarim e me maquiando, não tinha me dado conta disso. Aí, quando ele nos anunciou e começou aquela gritaria, eu pensei – Ai, nem comecei a me apresentar e já estão me vaiando!

E com vocês, JAZZZZZZZ!!!!

Decadência

Eu não sei se são as férias que já começaram lacrimosas, se é a falta do que fazer, se são aquelas bailarinas maravilhosas e jovens que invadiram a minha aula, se são os fios brancos que sorriem pra mim cada vez que me olho no espelho… o que sei é que minha auto estima anda bem baixo estima. Ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me deseja e o Luiz só está comigo porque a gente tem anelzinho dourado no dedo.

Nessa onda, tenho odiado todas as fotos que eu tenho. As que estou bem são as antigas e por isso mentirosas – parece que nunca mais tirarei uma foto espontânea decente. Tenho ímpetos de apagar todas as minhas imagens no orkut. Marcas do rosto que antes não me diziam nada hoje parecem denunciar que o meu tempo passou. O pior: nem me tornei uma senhora elegante. Ao invés de sair de chuteiras por aí, acho que deveria adotar o visual da Ana Maria Braga. Inclusive aquele cabelo estranho.

Malditas férias. Eu odeio tirar férias.