Ela me passou esse
même que tem um tema muito bom: escrever sobre 5 programas legais na sua cidade. Afinal, quem melhor pra indicar o quê fazer do que alguém que mora num lugar? Sempre quando vejo a Ópera de Arame e o Memorial Ucraniano do Parque Tingüi como bons programas pra se fazer em Curitiba, penso o quanto esses guias não são confiáveis. No primeiro caso, porque a Ópera é um parque grande e sem graça, e a estufa é muito pequena e decepcionante; no caso do Memorial, porque pra se chegar lá a gente tem que cruzar o parque todo – dentre as churrasqueiras, cachorros de rua e gente feia – pra chegar numa construção sem graça que não tem nada pra ver.
Deixa pra lá, agora vamos ao meu Top 5 curitibano:
Rua XV de novembro: fica bem no centro, é onde tudo acontece. É o famoso calçadão que o Jaime Lerner criou. Se você seguir pelo calçadão de cima abaixo, vai ver de tudo um pouco: começa na Praça Santos Andrade, com o prédio da Universidade Federal e o Teatro Guaíra. Passa por várias construções históricas, shoppings populares, banquinhos, floreiras, restaurantes. Aí você chega na Boca Maldita, onde tem estátua-viva, artesanato, cantores, manifestações políticas, o prédio do HSBC (onde tem a apresentação de natal) e todas as coisas mais importantes da cidade. O passeio termina na Praça Osório, onde tem as deliciosas feirinhas temáticas (Páscoa, Natal, Junina, etc), onde se vende comida e artesanato. Visitar Curitiba sem ir à XV é não visitar Curitiba.
Feirinha do Largo da Ordem: acontece desde que eu me entendo por gente, todo domingo de manhã. São quilometros de feirinha, que reunem o melhor do melhor do artesanato curitibano. A prefeitura faz uma seleção rigorosa dos trabalhos, pra que ela tenha produtos variados e realmente artesanais. Têm brinquedos, roupas, plantas, discos, bijoux, comida, incenso… não há nada de interessante que não tenha lá. É impossível passar por ali sem ter vontade de comprar alguma coisa. Isso sem falar das lojas das imediações, que ficam abertas e vendem coisas igualmente diferentes.
Restaurante Jagannatha: Curitiba só tem dois restaurantes indianos, e o Jaga é um deles. Só que ele tem a característica de ser um restaurante védico indiano, ou seja, ele é hare-krishna. Nenhuma comida leva carne, alho ou cebola. Como toda comida indiana, ela cheira maravilhosamente bem e você come aquelas coisas deliciosas sem ter a menor idéia do que causa aquele gosto. O ambiente é bem decorado e os preços acessíveis. O dono do restaurante é um argentino figuraça. Embaixo tem uma loja de produtos indianos. Fica perto do Shopping Müeller, dá pra estacionar lá. O endereço é Rua Paula Gomes, 123.
Museu do Olho: ir pra lá tem muitas vantagens. O próprio museu já é um daqueles passeios que levam o dia inteiro. No primeiro fim de semana do mês a entrada (5 reais) é grátis. Sempre tem umas 5 exposições ao mesmo tempo e raramente a gente consegue ver tudo. Sem falar do próprio museu: o túnel lá embaixo, subir na parte do olho, o espelho d’água, o pátio das esculturas. Atrás do museu virou ponto de encontro pra donos de cachorros, que soltam seus bichanos por ali. Pertinho também é o Bosque do Papa, um lugar muito tranqüilo, com as casinhas polacas e doces típicos.
Shopping Estação: eu não poderia deixar de colocar um shopping, porque esse é o programa mais curitibano que existe. Os curitibanos não saem do shopping. Como disse uma vez o
Ale, se shopping passasse a ser proibido, os curitibanos construiriam shoppings subterrâneos. O que distingue o Estação é que ele é arejado, tem tunel de água, bichinhos de planta e é todo bonitinho. As lojas lá são o de menos. Lá dentro tem o
Museu do Perfume, que muita gente aqui não conhece mas é um programa imperdível. Ele faz uma história dos odores, fala um pouco da fabricação do perfume e na parte de cima tem as propagandas antigas. É o máximo, eu me matei de rir todas as vezes que fui lá.
Agora passo o même para uma Belorizontina orgulhosa, pr’ Aquele que não tem o que dizer nas montanhas, para o mestre cuca Aleatório, os paulistanos dos Criadores de Imagens. E vamos ver o que mais gente tem a dizer sobre Curitiba: Alessandro Martins e Catatau.