Arquivo mensal: fevereiro 2009
SPP- Síndrome do Post Perfeito
Por mais que a gente (blogueiro) saiba que a maioria dos nossos leitores não comenta, um post sem cometário dá sempre uma sensação de solidão. É como dizer uma piada e ninguém rir. Ao mesmo tempo, depois de um post muito comentado, a gente sente uma responsabilidade imensa. É como se a gente tivesse elevado o nosso próprio padrão e tivesse a obrigação de manter. É aí que bate a Síndrome do Post Perfeito. A SPP é a tentativa de manter sempre os leitores interessados, no que a gente imagina que é o forte do blog.
O problema da SPP é que, na realidade, é difícil saber qual o forte do blog. Pela minha experiência, vejo que posts que eu acreditava super legais não foram comentados e outros que eu quase não publiquei por serem bestas foram super populares. Isso sem dizer que muitos comentários não são sinônimo de qualidade, por mais que a gente sinta assim… Acho que esse negócio de posts é meio como paixão: a gente não se apaixona por quem quer e nem pelos motivos que gostaria.
Meme da página 161
Regras:
1º: Pegar o livro mais próximo:
2º: Abrir na página 161
3º: Procurar a quinta frase completa
4º: Colocar a frase no blog
5º: Repassar para cinco pessoas.
Aqui no escritório tem um monte de livros, então vou pegar o livro que eu estou lendo que está mais próximo. É o Confieso que he vivido, do Pablo Neruda. Ei-la:
“Si usted, blanca señora, o más bien los tuyos, hubieran sido secuestrados, golpeados y encadenados, por una tribo más poderosa y luego transportado lejos de una Inglaterra para ser vendidos como esclavos, mostrados como ejemplos irrisorios de la fealdad humana, obrigados a trabajar a latigazos y mal alimentados, que habría subsistido de su raza?”
A citação segue ainda mais interessante. Coloquei entre aspas porque nessa parte, Neruda está contando a história de Nancy Cunard, uma amiga de origem nobre que escandalizou a Inglaterra da década de 30 ao se casar com um negro. Depois de ser deserdada pela mãe, enviou para toda aristocracia inglesa um livrinho entitulado Negro Man and White Lady Ship. A citação acima é um pedacinho do tal livro. Se ficou com vontade de ler o resto, é só comprar o Neruda. Ou procurar o livro numa livraria e abrir direito na página 161. 😉
(Curiosidade: eu já havia respondido esse meme antes.)
Use camisinha
Cinco curitibanidades
Sempre jogar lixo no lixo
Chamar favelado de “vileiro“
Passar calor em ônibus
Ter pavor de aranha marrom
Chamem o Dr. House!
Meu amigo acordou com o dedão do pé esquerdo inchado. Como não viu roxo nenhum, continuou a levar a vida normalmente. Dois dias depois, com o pé todo inchado e sem conseguir andar direito, foi ao ortopedista. Após examinar o pé e concluir que não havia lesão, o ortopedista explicou o inchaço da seguinte maneira: meu amigo provavelmente andava muito estressado, e tensionava o pé. Então, o inchaço era a somatização do stress no pé.
Sem se sentir estressado no pé, meu amigo procurou uma podóloga e descobriu que tinha apenas uma unha encravada.
Comentário sério: depois quando a gente procura terapias alternativas, é taxado de idiota e pouco científico.
Comentário jocoso: o amigo leitor pode alegar stress no pé na próxima vez que precisar tirar uma folga. Tem respaldo na medicina.
Meus hábitos como leitora
1. Hesito muito em largar um livro. Sinto culpa. Geralmente eu os abandono num canto e quando retiro o marcador, é como em ritual de desligamento.
3. Gosto do cheiro de livros novos. Passo as páginas rapidamente e respiro fundo.
5. Por causa disso, adquiri o hábito de ler de pé, em livrarias.
7. Quando quero diminuir o tamanho da minha biblioteca, troco de livros nos sebos.
10. Na mesma lógica, nunca deixo livros de lombada pra cima ou apoio copo neles. E me dá aflição ver essas coisas.
11. Quando ando por aí, geralmente faço uma capa de papel nele pra não sujar.
14. Ou leio vários livros ao mesmo tempo ou não leio nenhum.
15. Não consigo ler deprimida. Só leio quando estou feliz, nunca em fuga.
16. Deixo meus livros espalhados por cômodos diferentes. E leio cada livro em um cômodo.
19. Pra me atualizar, leio sites e revistas. Nunca gostei de jornal. O cheiro da tinta deles me dá dor de cabeça… (eu sei, isso soa estranho)
20. Quando folheio uma revista pela primeira vez, sempre leio as matérias mais interessantes. Isso rendeu muitas brigas quando eu morava com a minha mãe.
21. Li uma grande quantidade de romances clássicos durante a adolescência. Um dia pretendo relê-los porque agora terei um entendimento diferente.
24. Tentei e não consegui ler O pequeno príncipe. Olha que eu nem cheguei a folhear.
Totó, acho que não estamos mais no Kansas
Eu sempre achei o fim do mundo gente que não sabe o que é ir pro lado negro da força. Não, ninguém precisa ter acompanhado o trilogia, mas não saber o que são certas coisas é estar fora do mundo-judaico-cristão-ocidental-contemporâneo. A melhor coisa que eu li sobre o Big Brother* é que ele não significa decadência de nada: as pessoas assistem pra comentar com os outros depois. Antes a gente conversava sobre os vizinhos e agora nossa experiência em comum está na TV. Simples assim.
A única licença poética que eu dou nesses casos é aquela pessoa que é tão tão que ela só consome alta cultura. Ela não sabe nada do Big Brother, mas pode discutir com você direitinho a influência de Flaubert dentro da ascensão do romance romântico. Mas nunca é o caso. Porque quem ama a cultura, não consegue ficar fora dela um só instante. Mesmo que trabalhe o dia inteiro.
*li por aí, de pé, em uma livraria. Se eu tivesse a referência direitinho, colocaria aqui.
History of Everything
Dica do Lenteaberta.
Entediar
– Quando você tem que resolver um assunto, e mentalmente você já antecipa todo o trabalho que aquilo vai dar e se sente cansado antes mesmo de começar. Isso é algo entediante.
Amor Juvenil
Qual teria sido o motivo da briga? Não sei, não quero saber e tenho ódio. Seja lá o que era, não justificava essa ceninha toda se passando na frente da minha casa, de madrugada, despertando a ira dos cachorros de três quadras e acordando a vizinhança inteira.
Você nunca viu Lost?
(Cuidado, contém spoilers!)
Valeu, Manu!
Silêncio
Eu tinha uma teoria conspiratória sobre vizinhos ouvirem músicas de gosto duvidoso. Mas num desses dias chuvosos, meus vizinhos colocaram Banana Pancakes do Jack Johnson, igualzinho eu faria. Então, percebi que o problema nem é o teor da música e sim que a música só é boa quando a gente mesmo coloca, no exato instante e volume em que quer ouvir.
Desde que meus vizinhos se mudaram, eu nunca mais consegui ouvir música. Nos raros instantes de silêncio, eu desfruto imensamente.
A verdade, nada mais do que a verdade?
É você que ama o passado e que não vê
Será que viro pra Amiga e digo que estou cagando e andando pro que Fulano e Beltrana fazem? É que pra ela aquilo é tão importante, que tenho a impressão de que dizer que pra mim já é apenas passado, vai soar como se a tivesse ofendendo…
* com trema mesmo. Amo trema e não sabia!
A crise dentro da cabeça
Pensei em bolar um texto falando sobre crise pra justificar esse post. Mas acho que não precisa – o video é muito bom e eu não tenho culpa de não ter visto antes, oras! Além do mais, hoje foi um dia MUITO bom pra mim. Tive crise no ano passado, decidi encontrar um lugar melhor e encontrei. Quer coisa melhor? Divirtam-se!