Numa entrevista da Fernanda Torres com o Lázaro Ramos, ele lhe pergunta sobre seu processo como atriz. Fernanda responde que nunca sonhou com a grande atuação, que ela sempre foi muito mais comendo pelas bordas. Me deu um quentinho no peito. Apesar de ser insanidade uma mulher sozinha e com pouco dinheiro agir de forma arriscada, dentro de mim sempre me condeno. Eu gosto da trajetória dela da Fernanda Torres, seus papéis como atriz, sua nova carreira de escritora. Espero que as bordas também funcionem pra mim.
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No Take Your Pills, o jogador de NFL toma Adderol e fica tão focado e energizado que, na primeira noite, lava a louça. A esposa fica feliz da vida por ele ter ido sozinho, sem ser mais aquela briga. E ele diz que foi possível porque não estava exausto pra despencar no sofá como sempre. Na hora eu lembrei do relógio da sala, atrasado mais de meia hora há meses, e que todo dia antes de sair eu o consultava por puro hábito, para lembrar que havia esquecido dele.
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Estou recomendando pra todo mundo o Wild Wild Country, que conta sobre a comunidade do Osho em Oregon. O documentário não o ataca, mas a gente fica magoado. Tudo humano demais, pra uma comunidade com um líder vivo de livros tão interessantes, eu esperava algo melhor. São altas doses orgulho por se sentir o povo escolhido, desrespeito pelos sentimentos dos que estão de fora, se ver trilhando um caminho tão distante do desejo inicial de se espiritualizar. Acho um belo aviso sobra a importância de não tratar mal os vizinhos.
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