Tudo bem, isso é fácil saber. Minha grande dúvida é sobre o tal Nome a Zelar no nosso dia a dia. Médico, engenheiro, psicólogo, tem nome a zelar? Mãe, tia, prima? Amiga, colega, vizinha? E como saber os limites de tudo isso?
Eu tenho a foto do Bob Esponja brasileiro há meses no meu computador e hesitei muito em colocar – o que vão pensar de mim? Quando me dei conta, estava preocupada com a imagem virtual que podia passar pra meia dúzia de pessoas que lêem o meu blog! De mau gosto ou não, eu ri. E por que isso é menos publicável do que minhas reflexões? Esse tipo de atitude fala muito sobre nós mesmos. Por mais que tente, por mais que admire a sinceridade e ache que se preocupar com a imagem nos torna pesados, eu caio nessa armadilha.
Deve ser por isso que as pessoas jovens, por si só, são mais espontâneas. Porque não são Profissionais Sérios, Senhoras Respeitáveis e Cidadãos Responsáveis. E talvez por isso, a tendência natural de todo jovem seja perder a espontaneidade – na medida em que os anos passam e eles se tornam, também, Profissionais Sérios, Senhoras Respeitáveis e Cidadãos Responsáveis. É possível passar por tudo isso e não se deixar afetar? Ou: até que ponto se deixar afetar?
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