Estava cedo, quente, mas ao mesmo tempo com nuvens e eu e o cobrador do tubo começamos a falar do tempo. Do tempo, fomos para crise hídrica. Ele me disse que, apesar de ter chovido bastante das últimas semanas, os reservatórios estão secos. Provavelmente – concluímos – um acumulado de tantos anos que estamos beirando seca e ela nunca chega a se tornar racionamento. Ele:
-Eu tenho uma passageira que passa lá por cima, por… como é mesmo no nome daquele rio, que é usado pra desovar corpos? Passaúna!
.oOo.
Parei de tomar refrigerante há poucas semanas e, invariavelmente, as pessoas me recomendam água com gás para aplacar a vontade. Aí eu digo que desta vez estou sendo rigorosa, porque já fui viciada em coca e fui pro matte leão, pra me libertar do matte leão, fui pra gengibirra e… quando chega nesse ponto da conversa, sempre sou interrompida com:
-Hum, gengibirra! Mas é que gengibirra é uma delícia mesmo.
.oOo.
Passei na frente de uma loja que anunciava ter filtro de barro. Quis saber do vendedor que tinha na frente se havia vela, e é claro que tinha. Ele me mostrou dois tipos na prateleira, o tradicional que custava R$ 9,90 e a de carvão ativado, super ultra-blaster filtrante, por R$ 19,90.
-Me dá a tradicional mesmo. Não precisa de tudo isso, eu pretendo usar água da torneira e não da poça d´água.
Você precisa fazer login para comentar.