Durante minha adolescência, li e reli os livros mais tradicionais de yoga. Além dos clássicos indianos como Bhagavad Gita e Ramayana, Annie Besant, Ramakrishna, Ramacharaca, Vivekananda eram os meus autores preferidos. Gosto de cantar mantras. Fiz muitas ásanas (posturas) em casa, decorei os nomes (em português, todas as em sanscrito para mim se chamam shuxechsixhsxasana), as pranayamas (técnicas de respiração). Sei tudo sobre os caminhos da yoga – hatha, karma, gnani e bakthi yoga. Na minha cabeceira, neste momento, está o livro do professor Hermógenes. Parei de comer carne vermelha e de frango aos 15 anos, por causa da yoga. Mas nunca, nesses anos todos, tinha colocado os pés numa aula de yoga.
Já havia tentado. Minha mãe, também fã de yoga, me dizia que o grande problema é que não basta que alguém aplique as posturas como quem passa um exercício. O instrutor de yoga deve ser yogui – com todas as implicações existenciais do termo. Em resumo: fazer a aula com uma adolescente, que acha muito massa os encontros com a galera do Brasil inteiro que a Uniyoga proporciona, que fala o tempo inteiro durante a aula e ainda por cima é gordinha, foi demais para mim.
Meus sonhos se partiram em mil pedaços hoje. Mestres como Pai Mei e Miyagui não existem mais.
Eu dormi muito bem durante as aulas de yoga que tentei fazer.
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Pai Ogun e mae inhá????
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