O Natal não é minha época favorita. A única coisa que salva é ganhar presente, ou seja, justamente o lado capitalista da coisa. Mas neste ano a festa terá um sabor mais amargo do que os anteriores: minha cunhada ligou esses dias; chorou duas vezes, dizendo que somos todos uma família; que os meus sogros (muito saudáveis, por sinal) já estão velhos e que eu deveria ter piedade deles; e que a filha dela me adora e sempre pergunta por mim. Pra completar, terminou o telefonema dizendo – “venha apenas se estiver com vontade, não se sinta pressionada só porque liguei”. Ah, tá. Acho que finalmente vou mandar fazer uma camiseta com a mensagem Odeio gente.
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gente, Gente, GENTE!
Tive vontade de comer pizza em rodízio ontem. Saímos daqui umas 19:30, passei no shopping só para pagar uma conta e fomos embora. Estava faminta, só tinha comido uma banana de tarde. O shopping estava lotado e detesto comer em ambientes cheios. Fomos para a pizzaria onde sempre vamos. O estacionamento estava estranhamente cheio. Chegando lá, aquelas mesas enormes, grudadas. Nenhum lugar. Como, além de detestar lugares cheios, eu detesto ficar esperando, fomos para a filial da pizzaria. Não conseguimos nem estacionar. Faminta, dor de cabeça, apertada para ir ao banheiro. Fomos para outro rodízio. Lá, aquelas malditas mesas coladas de novo, um barulho infernal. Já eram 21 h. Famintos e exaustos, decidimos ficar.
De onde surgiu tanta gente? Está todo mundo em férias coletivas? Por que as multidões enfurecidas invadem meus trajetos e meus restaurantes preferidos? Devo me trancar em casa até essa gentarada toda voltar para os buracos onde ficam escondidas o ano inteiro*? Mais importante de tudo: onde está meu sabre de luz???
* excessão para fim de ano e carnaval na Bahia